Marcha para Brasília foi vitoriosa

Nem as longas horas de viagem, em algumas delas passando de 48 horas, desanimaram os trabalhadores e trabalhadores e inúmeros sindicalistas

Luís Alberto Alves/Comunicação CNTQ

Ao contrário do noticiado pela Grande Imprensa, a Marcha para Brasília no dia 24 de maio foi vitoriosa. Pelos cálculos da PM do Distrito Federal, a manifestação reuniu 150 mil pessoas no trajeto do estádio Mané Garrincha, onde ocorreu a concentração, até próximo ao Congresso Nacional, na Esplanada dos Ministérios.

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Diversas categorias de trabalhadores e entidades sindicais estiveram presentes, num claro recado de reprovação às reformas trabalhista e previdenciária apresentada pelo governo Michel Temer. Em todo trajeto até Brasília, de vários estados, Pará, Amazonas, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Maranhão, Bahia, Paraíba, Sergipe, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo e Alagoas, não houve nenhuma ocorrência negativa.

Mesmo nos restaurantes de beira de rodovias, que sofrem depredações quando recebem inúmeros ônibus de torcidas organizadas de futebol, tudo transcorreu em clima de paz. Nestes estabelecimentos, onde o estoque de refeições acabou rapidamente, as delegações enfrentaram longas filas nos caixas e até mesmo para receber atendimento. É a prova real de que a classe trabalhadora é organizada é sempre desejou o bem deste país, agindo de forma ordeira, desmentindo acusação de que seriam baderneira, interessada no caos.

Nem as longas horas de viagem, em algumas delas passando de 48 horas, desanimaram os trabalhadores e trabalhadores e inúmeros sindicalistas. Todos participaram da caminhada do estádio Mané Garrincha até a Esplanada dos Ministérios em clima de paz, entoando palavras de ordem, sem depredar nenhum estabelecimento particular ou público. Não perderam a calma, nem quando passaram pela revista da Polícia, que impediu a entrada de mastros de bandeiras, seja de PVC ou de madeira. Ou mesmo nos tristes momentos de repressão pela tropa de choque da PM e do Exército.

A democracia reinou plenamente entre todas as entidades da sociedade civil organizada, com direito à palavra no caminhão de som utilizado para conduzir o “mar de gente” que entrou em Brasília determinado a dizer “NÂO”, à política de destruição de direitos implantada pelo governo Michel Temer, um dos piores dirigentes que já esteve no comando deste País. Que pela primeira vez baixou um decreto de Estado de Exceção para impedir a manifestação na capital federal, que poucas horas depois acabou revogado, desconhecendo que a Constituição Federal assegura o direito de qualquer cidadão brasileiro se manifestar.

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