Economista do Dieese faz diagnóstico do setor químico brasileiro

Pelo este estudo elaborado pelo Dieese é possível descobrir nos 26 estados brasileiros qual a quantidade exata de trabalhadores em cada setor da cadeia química

*Luís Alberto Alves/Comunicação CNTQ

A questão da indústria química é complexa com 19 segmentos no âmbito da CNTQ (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Químico). “Falamos de 42 mil estabelecimentos químicos. Por exemplo: em álcool e biocombustíveis de Mato Grosso do Sul temos 9.300 funcionários registrados, só no segmento de álcool e do açúcar são 11.300. Esse recorte mostra o número de trabalhadores informados pelos empregadores ao ministério do Trabalho”, explicou o economista do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), Daniel Ferrer. Confira link 

Pelo este estudo elaborado pelo Dieese é possível descobrir nos 26 estados brasileiros qual a quantidade exata de trabalhadores em cada setor da cadeia química. “No caso do setor plástico no País é possível detectar a existência de 1,731 milhão de funcionários. No Rio de Janeiro, o segmento de cosméticos paga remuneração médica de R$ 2.064,00, já em nível nacional este valor sobre para R$ 2.536,00. O sindicato, por meio desta ferramenta, sabe quais são as empresas de pequeno, médio e grande porte”, destacou.

As entidades também podem verificar que em 2016 o setor plástico registrou em nível nacional 11.300 demissões. “Em relação a maio de 2016 para 2017, a inflação caiu quase 50%, não pela retomada da produtividade. Já para data-base em junho, a estimativa é de inflação de 3,40%, com possibilidade de cair mais ainda”, disse. Outro dado interessante, explica, é que em 2017, com 127 negociações realizadas, ocorreu aumento igual ao INPC, 51% desses embates tiveram aumento acima da inflação. “Em nível de Brasil, o reajuste foi de 0,47%”, frisou.

Quanto à Previdência, Daniel calcula que a proposta do governo Michel Temer é ter mais receita do que gasto, porém é o suicídio do próprio Estado via economia gerida por ele, porque a capacidade de cortar gasto é menor do que a arrecadação. “O déficit primário é para pagar a dívida pública. Mesmo assim se gastou 42% do dinheiro para este pagamento”, calculou.

Outro grave problema da administração Michel Temer ao apresentar os gastos, não revela as despesas assumidas na quitação de juros ao mercado financeiro. “Revelam apenas as despesas com a Previdência. Os trabalhadores não podem se esquecer de que a destruição ou reforma da Previdência é para reservar mais dinheiro aos banqueiros”, afirmou.

Daniel sugeriu aos sindicalistas presentes no segundo dia de reuniões realizada pela CNTQ, em Praia Grande, que é preciso ler a Previdência de forma constitucional e nunca fiscalista. “Jamais se esqueçam que a PEC da Previdência é justamente para empurrá-la rumo aos banqueiros, pois do orçamento do União, metade do dinheiro é usada para pagar banqueiros. E quando falam em ajuste fiscal, é um argumento para não investir em saúde pública”, finalizou.

 

 

 

 

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