A negligência interrompeu a trajetória brilhante do time da Chapecoense

Silvan: “Negligência pode provocar danos irreparáveis”

 

*Antonio Silvan Oliveira

No final de novembro, o mundo do futebol viveu uma tragédia com a queda do avião que levava a equipe da Chapecoense para disputar a final da Copa Sul Americana, na cidade de Medellín, Colômbia. Infelizmente a cinco minutos para pousar no aeroporto local, o aparelho caiu por falta de combustível matando 71 pessoas, entre elas 19 jogadores do time catarinense.

Decorridos alguns dias e a descoberta dos motivos que provocaram esse acidente, percebo como a negligência pode provocar prejuízos irreparáveis, principalmente quando há perdas de vidas. Percebo que houve falha coletiva envolvendo empresa, piloto, controlador de voo e agência nacional de aviação da Colômbia.

Como pode uma aeronave numa viagem de 4 mil quilômetros não ter plano de voo? E o combustível necessário para cobrir este percurso e até pouso para reabastecimento e prosseguir a viagem sem maiores riscos? Absurdo é descobrir pela imprensa que este mesmo aparelho já fez outras viagens com o combustível no limite.

Já próximo do aeroporto, quando percebeu que não seria mais possível continuar no ar, o piloto deveria tentar a todo custo pousar. Neste ponto o controlador de voo falhou após ouvir o relato de que o avião estava em processo de pane seca, sem mais tempo de permanecer voando.

Seria a mesma coisa de alguém ferido gravemente chegar à emergência do hospital e o médico pedir para aguardar atendimento. Pelo áudio que circula na internet é visível o desespero do piloto pedindo permissão para pouso e no final a citação do nome de Jesus e o silêncio, denunciando a queda do aparelho e a morte dos 71 passageiros, inclusive do piloto, pois o aparelho bateu de pico no solo.

A diretoria, funcionários e colaboradores da CNTQ (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Químico) entristecidos, deixamos nossas condolências aos familiares das vítimas que perderam suas vidas neste acidente aéreo, principalmente dos atletas e dirigentes da Chapecoense, que bruscamente interrompeu uma brilhante trajetória de conquistas.

Que Deus, em sua infinita misericórdia, conforte o coração de todos e continue sendo a rota segura neste momento tão difícil, quando ocorre a perda de alguém tão querido, deixando o coração ferido e a alma triste. Este é o nosso voto à população de Chapecó, cidade sede desta equipe maravilhosa, Chapecoense, que se transformou no segundo time de todos os amantes do bom futebol.

*Antônio Silvan Oliveira é presidente da CNTQ (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Químico) e do Sindiquímicos Guarulhos.

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