Vendas da indústria farmacêutica crescem 13,1% em 2016, diz Interfarma

Os dez principais grupos farmacêuticos faturaram juntos R$ 48,59 bilhões no ano passado, correspondendo a 56,9% do mercado varejista

Troad Comunicação & Assessoria

Faturamento com venda de remédios no país somou R$ 85,35 bilhões; medicamentos que geraram mais receitas foram analgésicos e antidepressivos.

As  vendas da indústria farmacêutica brasileira cresceram 13,1% em 2016, somando R$ 85,35 bilhões, segundo levantamento realizado pela Interfarma, a associação que representa laboratórios farmacêuticos do país, a partir de dados da IMS Health.

Os dez principais grupos farmacêuticos faturaram juntos R$ 48,59 bilhões no ano passado, correspondendo a 56,9% do mercado varejista. Segundo a Interfarma, o valor reflete o preço de lista dos medicamentos, sem considerar eventuais descontos nas farmácias.

O crescimento nominal da receita com vendas de remédios no país ficou acima da inflação, que ficou em 6,29% pelo Índice de Preços ao Consumidor – Amplo (IPCA). Segundo o IBGE, os medicamentos ficaram 12,5% mais caros em 2016, a taxa mais elevada desde 2000, e ficou entre as categorias que mais pressionaram a inflação no ano passado. Segundo o levantamento, a receita de vendas de genéricos, que representam 26,6% do mercado,  subiu 14,7%.

Por categoria de remédios, a líder em faturamento foi a classe dos “analgésicos não narcótico e antipiréticos”, com faturamento de R$ 3,82 bilhões, ou 4,5% do total. Em seguida, estão os “antidepressivos e estabilizadores do humor”, com vendas de R$ 3,45 bilhões e crescimento de 18,2% na comparação com 2015. Na terceira posição ficaram as “preparações reguladoras do colesterol e triglicerídeos”, com receita de R$ 3,02 bilhões.

Indústria prevê crescer até dois dígitos e mantém expectativa de novas contratações

Pode-se dizer que a indústria farmacêutica tem sido nos últimos anos um ponto fora da curva em relação ao conjunto da indústria brasileira, que vem apresentando dados negativos desde 2014. Segundo informações do QuintilesIMS, consultoria especializada em mercado farmacêutico, a indústria farmacêutica teve suas vendas elevadas em 5,1% em unidades e 13,2% em faturamento no comparativo entre outubro de 2015 e setembro de 2016. Projeções do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo – Sindusfarma indicam que o mercado de medicamentos fechou 2016 com crescimento da receita, pelo menos, dois pontos acima da inflação em relação ao ano anterior, o que é uma marca excepcional para um ano de crise.

Para 2017, segundo Nelson Mussolini, presidente executivo do Sindusfarma, a indústria farmacêutica espera que a equipe econômica do governo consiga melhorar o cenário macro, pavimentando o caminho para a redução da taxa de juros e a retomada do consumo das famílias. “Se isto se confirmar, projeta-se um crescimento de 10% do mercado de medicamentos neste ano. Há ainda outro aspecto que gera otimismo. Com o dólar a R$ 3,20 o Brasil é atrativo para as multinacionais. Esse dado, somado à estabilidade da economia, cria um ambiente favorável para a retomada de investimentos, tanto de empreendedores locais quanto de players internacionais”, assinala.

Outro ponto positivo é que a indústria farmacêutica tem conseguido manter e até aumentar as ofertas de empregos. “Em meio à crise, o setor deu sua contribuição ao País. Num contexto de desemprego elevado e generalizado, ter contribuído para preservar e até aumentar postos de trabalho é auspicioso”, afirma Mussolini. O setor gera atualmente cerca de 100 mil empregos diretos e 600 mil empregos indiretos, segundo levantamento do Sindusfarma.

“A indústria farmacêutica é, de modo geral, menos sensível às oscilações de mercado, seja para cima ou para baixo, então, faz seus planos considerando o médio e o longo prazo”, acrescenta Pedro Bernardo, diretor da Interfarma. De acordo com consultoria GlobalData, a expectativa é que, até 2020, a indústria farmacêutica tenha no Brasil um valor de mercado de US$ 48 bilhões. O País ocupa atualmente a sexta posição em vendas de medicamentos do mundo, com perspectiva de ocupar o quarto lugar nos próximos anos.

 Fonte: O Nortão e ICTQ – Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade  

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