No dia nacional de luta, centrais sindicais criticam medidas adotadas pelo governo

Luís Alberto Alves/Comunicação CNTQ

dsc_0386Críticas à proposta de reforma da Previdência Social, de igualar em 65 anos, depois estendendo para 70 anos, a aposentadoria de homens e mulheres, votação da PEC 55/2016 (antiga PEC 241), votação do STF de temas relacionados ao TST (Tribunal Superior do Trabalho), serviram de inspiração para discursos de dirigentes das centrais sindicais que participaram do Dia Nacional de Luta, Paralisações e Protestos que ocorreu hoje (25) em diversas cidades brasileira.

Na capital paulista, a manifestação ocorreu diante da sede da Previdência Social, no início do Viaduto Santa Efigênia, Centro. O presidente da UGT, Ricardo Patah, alertou o governo de que as entidades sindicais não estão de brincadeira quando questionam as possíveis mudanças que ocorrerão na Previdência. “Temos de mudar essa agenda de não permitir ao trabalhador o direito de se aposentar, também recusamos aceitar o negociado sobre o legislado nas negociações salariais”, criticou.

dsc_0326O presidente da Força Sindical e deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, (SD/SP), explicou que o protesto é um “esquenta” para uma provável greve geral. “O governo passado mergulhou o Brasil na crise e agora a elite pretende fazer o trabalhador pagar a conta. Queremos reforma, mas sem retirar direitos trabalhistas”, disse.

Na avaliação do presidente da CTB, Adilson Araújo, o movimento sindical está percebendo o tamanho de sua responsabilidade neste momento de crise. “Levamos 74 anos para conseguir uma cesta básica de direitos, e em 200 dias o governo criou 500 medidas para prejudicar a classe trabalhadora, inclusive com o STF acabando com o direito de greve do funcionário público, além de incentivar a aprovação da terceirização de forma generalizada”, frisou.

dsc_0235Para o presidente da CGTB, Ubiraci Dantas de Oliveira, chegou o momento de o trabalhador dar um basta à política de roubo no Congresso Nacional. “Pretendem aprovar a PEC da morte (PEC 55/2016) no final de novembro. Precisamos impedir esse crime contra o Brasil, pois é para matar de fome o trabalhador. Eles querem anistiar para quem roubou até agora”, criticou.

Atenágoras Lopes, da executiva da central Conlutas, disse que  é interessante a população tirar conclusões a respeito da situação política atual. “Agora políticos do PT e da base do governo atual lutam para empurrar a sujeira para debaixo do tapete. Precisamos de independência e repetir o gesto dos trabalhadores do Rio de Janeiro, na luta para garantir direitos que o governo daquele Estado quer retirar”, disse.

dsc_0248O presidente do Sindicato dos Aposentados da Força Sindical, Carlos André Ortiz, enfatizou que a política do governo federal é para acabar com o aposentado. “Ele se esqueceu de algo: desempregado não contribui com a Previdência Social, além do absurdo de tentar impor idade mínima de 70 para conquistar este benefício”, criticou.

O mesmo tom ácido se repetiu com o secretário-geral da central Intersindical, Edson Carneiro Índio. “Precisamos impedir a destruição da classe trabalhadora pelo governo federal por meio do projeto de lei da terceirização e desta PEC 55/2016. Para tanto é necessário a unidade de todas as centrais sindicais”, argumentou.

dsc_0092O presidente estadual da Nova Central Sindical, Luiz Gonçalves, o Luizinho, ressaltou que o trabalhador não pode arcar com as consequências de erros cometidos pelo governo. “O projeto deles é acabar com a CLT e a carteira de trabalho. Não vamos “dar mole” aos patrões. Devemos exigir auditoria na dívida pública”, finalizou.

Estiveram presentes ao evento o diretor suplente da CNTQ e secretário-geral do Sindiquímicos Guarulhos, Antonio Cortez Morais, acompanhado do vice-presidente do Sindiquímicos Jorge Franco Gonçalves e de diretores da entidade.

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