Em ato contra juros altos, centrais sindicais anunciam que se reunirão para discutir soluções para crise econômica

A presidente do Sindbrinq, Maria Auxiliadora dos Santos,disse que alguns patrões usam a crise para retirada de benefícios dos trabalhadores

Químicos da Força Sindical estiveram presentes ao ato de protesto contra os juros altos diante da sede do Banco Central na Avenida Paulista
O diretor da Fequimfar, Levi Gonçalves, sugeriu que é preciso intensificar as ações contra a política econômica do governo federal
A manifestação reuniu diversas entidades sindicais
A CNTQ também esteve presente ao ato de protesto contra os juros altos

 

Luís Alberto Alves/Comunicação CNTQ

No dia 26 de julho as centrais sindicais se reunirão para discutirem soluções para atual crise econômica. A proposta foi anunciada hoje (19) durante protesto contra a taxa Selic, atualmente em 14,25%, que poderá subir, manter-se ou baixar ainda nesta semana, segundo decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central.

“A redução dos juros é importante para geração de mais empregos”, disse o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. O secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, afirmou que o governo não pode continuar transferindo dinheiro aos banqueiros através das taxas de juros. “Se a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de SP) não paga o pato, os trabalhadores também precisam ficar de fora”, criticou.

O presidente da CGTB, Ubiraci Dantas, calcula que neste ano o Brasil pagará cerca de R$ 700 bilhões em juros. “Não devemos nos iludir: o governo atual não vai ajudar os trabalhadores, mas sim prejudicar”, destacou. O diretor da Fequimfar (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Est. de SP), Levi Gonçalves, argumentou que é preciso intensificar as manifestações. “Cada vez que mexem com os juros, nós somos prejudicados”, frisou.

A presidente do Sindicato dos trabalhadores na indústria de brinquedos e instrumentos musicais de SP, Maria Auxiliadora dos Santos, frisou que muitos empresários usam a crise para retirada de direitos trabalhistas e aplicar baixos reajustes aos salários. O vice-presidente da UGT, José Gonzaga, alertou que a gestão Michel Temer pretende acabar com os trabalhadores por meio de diversas medidas impopulares.

A presidente do Sindicato dos Bancários de SP, Gilvania Moreira Leite, calculou que, juntos, os três maiores bancos privados do Brasil tiveram no primeiro semestre lucro líquido de R$ 13 bilhões. “Só de juros, o Brasil pagou em 2015 o equivalente 6,5% do PIB (Produto Interno Bruto), ou seja, R$ 400 bilhões. Esse dinheiro precisa ser investido na produção, não em especulação financeira”, salientou. Participaram do protesto na Avenida Paulista, diante da sede do Banco Central, diversos sindicatos e as centrais CTB, Força Sindical, CUT, UGT, CGTB, NCST, além da CNTQ (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Químico).

 

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