Discussão da PLR na Heringer aumenta unidade sindical

 

Luís Alberto Alves/Comunicação CNTQ

Companheiros Gilson e Apipe, do Sindicato dos Químicos da Baixada Santista, em assembleia na porta da fábrica da Heringer naquela região

 Em várias fábricas da Fertilizantes Heringer ocorreram assembleias no final de agosto e início de setembro. Segundo o presidente da CNTQ (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Químico) e do Sindiquímicos Guarulhos, Antonio Silvan Oliveira, a diretoria da empresa e seus negociadores perceberam que aumentou a unidade sindical. “Parabéns a todos os companheiros por essa perseverança. Sigam em frente e unidos será mais fácil atingirmos nossos objetivos”, disse.

Em Camaçari, o diretor do Sindiquímica/Bahia e da CNQ/CUT, José Pinheiro Almeida Lima, disse que aconteceu assembleia na porta da Heringer e foi aprovado que não seria assinado o acordo da PLR, da forma que ela está propondo. “A ideia é forçar a Heringer se reunir com os sindicatos e retirar a cláusula que acumula prejuízo”, afirmou.

A mesma linha de raciocínio prevaleceu no Sindicato dos Químicos de Belo Horizonte (MG). “Minas Gerais e os companheiros do Espírito Santo estão decididos em não assinar esse acordo de PLR que a Heringer nos apresentou”, explicou o secretário da CNTQ/Sudeste e vice-presidente do SindLuta de BH, Elienai Coelho.

A secretaria de formação sindical da CNTQ e presidente do Stiquifar de Uberaba, Maria das Graças Batista Carriconde, também não assinará este acordo de PLR proposto pela Heringer. “Quanto ao vale do dia 15 de setembro, é importante os companheiros não se esquecerem de que para empresa pagar a bonificação, não é necessário a nossa assinatura”, disse.

Trabalhadores da Heringer, na Baixada Santista, durante a assembleia para discutir a proposta da PLR

Lucro

  Não procede o argumento da Heringer de que a atual crise econômica pode prejudicar os seus negócios, principalmente de insistir em não discutir com os sindicatos novo acordo de PLR, retirando a cláusula de acúmulo de prejuízo. Segundo dados da própria empresa no seu site (http://www.mzweb.com.br/heringer/web/conteudo_pt.asp?idioma=0&tipo=25627&conta=28) é possível ver que a receita líquida (lucro descontadas todas as despesas) no segundo trimestre de 2015 foi de R$ 1.239,4 milhão, 11,8% superior ao mesmo período de 2014, em torno de R$ 1.108,9 milhão. Essa mesma receita líquida cresceu 12% no semestre, passando de R$ 2.302,0 milhões nos primeiros seis meses de 2014 para R$ 2.577,2 milhões em 2015.

O cofre da Heringer continua cheio de dinheiro. As entregas dos produtos especiais aumentaram nos dois períodos; 5,7% no segundo trimestre de 2015 e 3,8% no primeiro semestre de 2015, com a participação da empresa subindo de 35% para 38% no trimestre e de 35% para 37% no semestre. O volume de produtos especiais saiu de 758 mil toneladas para 787 mil toneladas no primeiro semestre de 2015, alta de 3,8% em relação igual período de 2014.

A participação de mercado (Market Share) da Heringer no setor de fertilizantes no Brasil cresceu de 14,5% para 16,6% no trimestre e de 16,2% para 18,1% no primeiro semestre de 2015, quando comparado com igual período de 2014. A filosofia da empresa (destacada em seu site) consiste em três pilares: Missão, visão e valores. Neste caso a Heringer “respeita o ser humano, o cumprimento dos acordos estabelecidos, tem compromisso com a verdade e com o que é justo, respeita as leis vigentes, cultura e costumes, além de ter comunicação clara e honesta”….

 

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