Desconsideração: Empresários do setor plástico de Santa Catarina oferecem reajuste abaixo do INPC

Luís Alberto Alves/Comunicação CNTQ

Uma afronta à classe trabalhadora, exemplo de falta de consideração com seus próprios trabalhadores, um convite à indignação e mobilização dos mais de 8,5 mil profissionais das indústrias plásticas descartáveis, flexíveis e de reciclados de Criciúma e região. A síntese da proposta patronal para convenção coletiva do setor é do presidente do sindicato profissional, Carlos de Cordes, o Dé, ao sair da segunda rodada de negociação, nesta tarde, na Acic.

A data base dos trabalhadores é 1º de abril e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) dos últimos 12 meses foi de 9,91%. Os representantes da classe patronal ofereceram 6% de reajuste em abril e mais 1% em outubro para os salários de até R$ 3 mil. Acima deste valor, o reajuste é de R$ 180,00 em abril e R$ 30,00  em outubro. O abono anual conquistado em 2004, que foi de R$ 800,00 em 2015, segundo a proposta patronal, será extinto.

“Não há como de sã consciência aceitar discutir uma proposta nestes índices, é desrespeito e falta de consideração com o trabalhador”, desabafou Carlos de Cordes. “Os patrões alegam que há uma crise econômica, mas a produção nas fábricas continua inalterada, tudo o que é produzido é vendido”, ilustrou Dé. Para o dirigente sindical “se há uma conta a ser paga em virtude da crise, ela não pode ser cobrada do trabalhador, que já perdeu quase 10% do seu salário no ano que passou”, finalizou.

 

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