CNTQ repudia violência do governo Ackmin contra estudantes em SP

 

Estudante detido durante protesto na Avenida Dr. Arnaldo, região da Avenida Paulista, no dia 02 de dezembro

Luís Alberto Alves/Comunicação CNTQ

O presidente da CNTQ (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Químico) e Sindiquímicos Guarulhos, Antônio Silvan Oliveira, repudia a violência policial contra estudantes contrários ao fechamento de escolas estaduais proposto pelo governador Geraldo Alckmin. Os protestos contra a medida em curso começaram em 9 de novembro, quando cerca de 40 alunos da Escola Estadual Diadema, ABC Paulista, deixaram as salas de aula e passaram a ocupar corredores e demais dependências do colégio. Segundo o sindicato dos professores do Estado de São Paulo há 205 escolas ocupadas pelos estudantes. A secretaria da Educação confirma manifestações em 194 unidades.

Aluno é ameaçado por policial na escola estadual Maria José, bairro da Bela Vista, Centro de SP, durante protesto

Na avaliação de Silvan, é preciso determinar abertura de diálogo, em vez de utilizar a Polícia Militar para intensificar a violência e agredir manifestantes. “Em um Estado onde o governador não tem na área da Educação pessoas capacitadas e preparadas para dialogar com a sociedade, erradamente se usa uma polícia violenta para inibir movimentos sociais”, criticou. Para Silvan, ainda há tempo para o governo de São Paulo mudar o rumo dessa história, abrindo diálogo com os estudantes.

O fechamento de 93 escolas está previsto no projeto de reorganização anunciado pela secretaria estadual de Educação em setembro deste ano. Sob argumento de unir estudantes de um único ciclo na mesma escola, mais de 300 mil alunos devem ser afetados. O histórico de repressão da Polícia Militar de SP começou desde a ocupação da Fernão Dias Paes, no bairro de Pinheiros, Zona Oeste da Capital.

Na noite de 1⁰ dezembro, um protesto na Avenida 9 de Julho, região central da cidade, terminou com bombas, discussões e quatro detidos. Dois policiais agrediram um menor com golpes de cassetetes, mesmo caído no chão sem qualquer reação continuou sendo ameaçado pela dupla de PMs. Hoje (02/12) mais repressão, desta vez num ato público na Avenida Dr. Arnaldo, próximo ao Hospital das Clínicas, com alunos sendo retirados à força do local.

 

 

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