Alimentação é item importante na prevenção de acidente

Kit servido para os funcionários
Kit servido para os funcionários da Vale Fertilizantes em Araxá e Tapira, MG

Os trabalhadores da Vale Fertilizantes, nas cidades de Araxá e Tapira, em Minas Gerais, estão sofrendo literalmente por falta de alimentação.  Em função braçal no interior de minas, recebem um kit composto de 200 ml de suco (103 calorias), uma maçã (80 calorias), uma barra de cereal (94 calorias) e um saquinho de biscoito de 100 mg (111 calorias).

De acordo com nutricionistas e médicos, o funcionário braçal, precisa no mínimo de fazer refeição que tenha 1.600 calorias. Porém, no caso da Vale Fertilizantes, os empregados da empresa em Araxá e Tapira (MG) estão com déficit de 1.212 calorias diárias. Algo preocupante, pois eles podem desenvolver doença provocada por má alimentação aliada a forte desgaste físico durante a jornada de trabalho no interior da mina.

Em nenhum dos quatro turnos de serviço, eles conseguem almoçar ou jantar. Por exemplo, quem entra ao meio-dia, precisa sair de casa às 10h25 e termina o expediente às 18h00. Neste caso, o trabalhador ficou sem almoçar até o começo da noite. No retorno à sua casa, só irá jantar, perto das 19h25. A mesma temática ocorre no horário noturno e madrugada. Sempre deixam ou de almoçar ou jantar, por causa do horário.

De acordo com o presidente da CNTQ (Confederação dos Trabalhadores no Ramo Químico), Antonio Silvan Oliveira, esse precedente é perigoso, visto que empregado mal alimentado corre sério risco de sofrer acidentes, pois o organismo fica enfraquecido. O mais estranho é que a Vale é uma grande empresa, preocupada com o bem-estar dos seus funcionários e até da comunidade nas proximidades de suas plantas.

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Mina de Níquel em Voisey’s Bay, Canadá, explorada pela Vale

Exemplo disso ocorre na cidade de Volsey´s Bay, Canadá, onde explora uma mina de níquel e cobre feita por via marítima. Com o congelamento da lâmina de água, a dificuldade cresceu. Preocupada com os Innui e Inuit, povos tradicionais da região, pois o gelo é usado como via de transporte e escoamento de suas colheitas, a Vale criou grupo de trabalho para discutir formas seguras de implantação do projeto sem prejudicar os dois povos.

Ela fez estrutura de sinalização nos pontos mais críticos da navegação e pontes flutuantes permitindo os moradores cruzar a área em que o gelo foi quebrado.  Finalizou com intenso sistema de comunicação por rádio e GPS e pela marcação das laterais dos navios, em toda sua extensão. A Vale é conhecida por apoiar o desenvolvimento socioeconômico nas cidades onde tem planta, sempre deixando para elas um legado positivo. (Luís Alberto Alves/Comunicação CNTQ)

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