SindLuta participa de conferência sobre direitos dos trabalhadores, em Bogotá

O SindLuta (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Plásticas e Farmacêuticas de Belo Horizonte e Região), através de seu vice-presidente, Elienai Coelho, participou da Primeira Conferência Regional para América Latina e Caribe, na cidade de Bogotá, na Colômbia. O evento aconteceu entre os dias 6 e 8 de maio.

GEDSC DIGITAL CAMERAA conferência foi organizada pela IndustriALL Global Union, que foi criada para ser uma nova força sindical mundial. A entidade já possui 140 países filiados e representa cerca de 50 milhões de trabalhadores em todo mundo.

Para o vice-presidente do SindLuta, é de extrema importância que os sindicatos do mundo inteiro confrontem o capital mundial, criando redes de trabalhadores em empresas multinacionais. “Somente assim, juntos, podemos defender os direitos laborais, através de campanhas contra a violência, salário vital, aumento real, locais de trabalhos seguros, representação e participação de mulheres, campanhas contra o trabalho precário, garantia de salários melhores e direito à sindicalização”, explicou.

Desrespeito ao trabalhador em todo mundo

De acordo com Elienai Coelho, a conferência foi marcada por tristes constatações. “É com muita tristeza que escutamos o relato de que, na Colômbia, nos últimos 30 anos, já morreram mais de três mil sindicalistas por defender o trabalhador”, revelou.

Sobre essa situação, a IndustriALL alegou que vai continuar lutando para que os direitos humanos e sindicais sejam respeitados na Colômbia.

Outro país em situação crítica é Bangladesh. “Existe uma exploração extrema, onde o trabalhador recebe um salário de 67 dólares como salário mínimo, trabalhando 66 horas semanais”, lamentou.

Conquistas

Durante o congresso, a IndustriALL Global Union informou uma grande conquista feminina, visto que, atualmente, 40% das cotas são destinadas à representação das mulheres. Ou seja, a mulher está sendo reconhecida pelo seu valor e dedicação em defesa do trabalhador.

“Sabemos o tanto que as mulheres ainda são discriminadas, mas temos que lutar para que isso acabe não só no Brasil, mas também no mundo inteiro”, disse.

Ele ainda completou: “O Sindluta abraça a bandeira da IndustriALL Global Union, para acabar com o trabalho precário hoje existente no Brasil e também nos países participantes nesta conferência, como o México, Colômbia, Paraguai, Chile, Curaçao, Equador e Honduras. Muitas das vezes, o trabalho nesses locais é ainda mais precário que em nosso país”.

Além disso, também é preciso erradicar o trabalho precário, com leis e fiscalização mais rígidas tanto no Brasil como em outros países. “Na França, quando houve a redução de jornada para 36 horas, a mesma somente foi cumprida onde havia sindicatos fortes e atuantes. Não temos que fazer leis, temos que fazer com que elas sejam cumpridas. Juntos, podemos mais contra o trabalho precário”, finalizou Elienai Coelho.

Fonte:SindLuta

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