Sindiquímicos repudia posicionamento da CRW no MPT

Nova mediação entre Sindiquímicos e CRW ​acontece n​esta sexta-feira, dia 19 de setembro, 10h no Ministério Público em Guarulhos

A audiência de mediação  realizada no dia 17 de setembro entre Sindiquímicos – Sindicato dos Químicos de Guarulhos e Região e CRW no Ministério Público do Trabalho  não teve o resultado esperado pelos trabalhadores. A manifestação da empresa em propor a quitação em 20 parcelas foi recebida como provocação.

Alegando dificuldades financeiras para quitação dos direitos trabalhistas, a empresa, representada por seu advogado, apresentou uma proposta vergonhada para o pagamento das verbas rescisórias de cerca de 180 trabalhadores demitidos.

Como o Sindicato não aceitou a proposta e  nova audiência de mediação foi agendada para a próxima sexta-feira, dia 19 de setembro, 10h, no Ministério Público do Trabalho (Rua Ibirapitanga, 19 – Jardim Zaira – Centro de Guarulhos).

A direção do Sindicato conclama os trabalhadores a se mobilizarem, pois caso o impasse persista, todos deverão se manter unidos em uma grande mobilização para garantir a quitação das verbas trabalhistas.

O Sindicato não descarta o pedido de solidariedade dos trabalhadores metalúrgicos ligados as montadoras de veículos e de outras categorias, e para isto prevê a  criação de pedágios na porta dos clientes da CRW em Guarulhos. Esta mobilização visa buscar um apoio de todos os trabalhadores e da sociedade para os trabalhadores da CRW que vivenciam um momento difícil.

“Lamentável ver os trabalhadores que contribuíram e trabalharam pelo desenvolvimento da empresa serem tratados desta forma. Em momentos antes do início da audiência, os representantes do Sindicato ouviram relatos das dificuldades destes trabalhadores que estão passando necessidade, sem condições de cumprir com os seus compromissos financeiros, como pagamento de aluguel, luz, água e alimentação. Eles foram dispensados e não receberam um real sequer”, lamentou Antonio Silvan Oliveira, presidente do Sindiquímicos e da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Químico – CNTQ.

Entenda o caso

A sucessão de arbitrariedades na CRW gerou no dia 1º de agosto, uma mobilização dos trabalhadores que, insatisfeitos, paralisaram as atividades laborais. Com relação ao convênio médico, há indicações de que a CRW estava descontando a co-participação dos trabalhadores, porém, sem repassá-las a operadora de saúde. Cabe ressaltar, que a medida gerou diversos transtornos aos envolvidos – trabalhadores e seus dependentes – que estavam em tratamento médico em curso, isso sem se falar nas diversas gestantes que estão prestes a dar a luz.

Na audiência, a justiça do trabalho estipulou um prazo para que a empresa se manifeste perante o Sindicato para o acerto das dívidas, ao que o Sindicato solicitou a intermediação do Ministério Público do Trabalho – MPT, tendo em vista que um acordo administrativo já havia sido firmado, mas sem efeito, por descumprimento por parte da empresa.

Dando sequência as ações contra a empresa, o Sindicato ingressou com o pedido de indenização por dano moral coletivo que visa a reparação financeira dos prejuízos absorvidos em função dos procedimentos ilegais e danosos aos trabalhadores. A audiência de instrução está agendada para o dia 28 de novembro na Justiça do Trabalho em Guarulhos.

Fonte e Fotos: Troad Assessoria & Comunicação

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