Panorama da Indústria de Adubos/Fertilizantes: Investimentos e Projeções

2 dia (91)O diretor-executivo da Anda (Associação Nacional para Difusão de Adubos), David Roquetti Filho, adiantou que em relação ao tema “adubos/fertilizantes” existe muita informação e bastante desinformação. Ele falou que há inúmeros questionamentos quanto a pouca ausência de empresas brasileiras na produção deste tipo de agrotóxico. “Infelizmente em nosso país há regulação de leis. Para desenvolver um produto ativo são gastos US$ 400 milhões (R$ 1,2 bilhão) num prazo de dez anos. Esse é o motivo para comprar do Exterior. A insegurança jurídica desmotiva investimentos neste setor”, explicou.

Outro grave problema, destaca ele, é inexistência de lei prevendo que determinado princípio ativo deve ser usado numa determinada cultura. “O pequeno agricultor utiliza em outro, porque o que é recomendado para um alimento, não é previsto pela Lei, para aplicar em outro. Resultado disso é multa”, frisou. Desmistificando o assunto agrotóxico, Roquetti Filho esclareceu que o percentual de contaminação por deficiência na manipulação de agrotóxico fica entre 2%e 3%.

2 dia (109)Quanto ao embate fertilizante X orgânico, o discurso da Associação Nacional para Difusão de Adubos) é de complementação, não de confronto. O objetivo é a produtividade. “Destaco que o fertilizante orgânico é importante, melhorando as condições químicas da terra. Entendemos que não é bom provocar atritos entre fabricantes e agricultores”, disse. Segundo ele, se nas plantações de alimentos só fosse utilizado o fertilizante orgânico, o mundo teria grande número de pessoas mortas pela fome.

“Os dois tipos de fertilizantes são importantes na agricultura, porque o agrotóxico é o remédio da planta e o fertilizante é a comida desse vegetal”, comparou. Roquetti Filho alertou que daqui a 20 anos a produção da soja vai se estabilizar. Porém é preciso aumentar a produção. “Caso o Brasil cultivasse corretamente 49 milhões de hectares, era possível produzir 40% a mais de alimentos, desde que usando corretamente a aplicação de fertilizantes. Do contrário teremos muita terra degradada e precisaremos de 409 milhões de hectares”, disse.

2 dia (85)Ele destaca que quando o agricultor aumenta corretamente a dosagem de fertilizante, sobe a eficiência e o campo eleva a produção de alimentos. “O segredo de mais sucesso na agricultura passará pela biotecnologia, pois a ciência já descobriu microorganismo responsáveis pela geração de nitrogênio que a soja necessita”, afirmou.

Atualmente, segundo dados da Anda, os maiores consumidores de fertilizantes no Brasil são: Piauí (19%), Maranhão (16,2%), Tocantins (15%), Mato Grosso (12%) e Bahia (10%) dentro da nova fronteira agrícola no País. Neste cronograma o desafio é como desenvolver e manter a segurança alimentar sustentável equilibrando agropecuária sustentável e demanda por alimentos. (Luís Alberto Alves/Comunicação CNTQ)

 

 

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