Encontro do Setor Químico discute reformas trabalhista e previdenciária na sede da Força Sindical/RJ

Luís Alberto Alves/Comunicação CNTQ

Ontem (28), dirigentes sindicais da categoria química do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Goiás participaram do Encontro Nacional dos Setores Químicos, realizado na sede da Força Sindical/RJ, promovido pela SNQ (Secretaria Nacional dos Químicos da Força Sindical), e apoio da Fequimfar (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Est. de SP), Ferquimfar (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias do Ramo Químico, Farmacêutico e Material Plástico do Estado do Rio de Janeiro) e CNTQ (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Químico).

As reformas trabalhista e previdenciária, ameaças aos direitos dos trabalhadores e custeio sindical foram as pautas do evento. O presidente da Ferquimfar e 2º vice-presidente da Força Sindical/RJ, Isaac Wallace de Oliveira disse que estendeu este assunto a outras categorias por causa das dúvidas e necessidade de informar todos os trabalhadores a respeito deste tema que o governo federal aponta como solução da crise econômica, mas retirando direitos conquistados sob grande luta há muitos anos. “Neste encontro foi possível esclarecer dúvidas e discutir o modelo de Previdência Social que os trabalhadores desejam. Não adianta só mexer na idade, porém precisamos nos unir mais ainda e se mobilizar para as lutar que virão”, destacou.

“O debate e as avaliações de como se move o cenário político e econômico são de extrema importância para enfrentar a crise do desemprego (hoje perto de 12 milhões) que não para de crescer em todo o Brasil”, ressaltou o presidente da Fequimfar e 1º secretário da Força Sindical Nacional, Sergio Luiz Leite, o Serginho.

Segundo ele, as centrais sindicais fizeram uma proposta para a Previdência em torno de quatro tópicos: 1) Previdência não é deficitária e há R$ 300 bilhões que empresas deixaram de pagar; 2) Agronegócio precisa contribuir com 20%, como os demais setores; 3) Imóveis não utilizados sejam vendidos para gerar receita; 4) Mudanças relativas à idade mínima ou idade mais tempo de contribuição só possam vigorar para quem entrar no mercado de trabalho.

“Previdência e custeio sindical são temas de relevância, porém precisamos estar bem informados para direcionar nossas lutas”, enfatizou o presidente interino da Força Sindical RJ, Eusébio Pinto Neto, que destacou a importância da categoria química na economia brasileira.

Custeio Sindical

O presidente do Sindicato dos Químicos da Baixada Santista e secretário nacional dos Químicos da Força Sindical, Herbert Passos, frisou que é preciso se informar sempre sobre o que acontece na classe trabalhadora. “É o caso da NR 13 (estabelece requisitos mínimos para gestão da integridade estrutural de caldeiras a vapor, vasos de pressão e suas tubulações de interligação nos aspectos relacionados à instalação, inspeção, operação e manutenção, visando à segurança e à saúde dos trabalhadores), por exemplo, que nos deu responsabilidade de fiscalizar e até poderes para interditar uma fábrica e encaminhar a denúncia aos órgãos competentes”.

O economista do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Daniel Ferrer, analisou as recentes medidas econômicas e explicou o motivo de a Previdência Social ultimamente sofrer tantos ataques do atual governo interino de Michel Temer. “Este modelo econômico não atende aos interesses do trabalhador”, disse.

Foi esclarecido, em relação ao custeio sindical, sobre o trabalho da Comissão Especial, presidida pelo deputado federal Paulinho da Força (SD/SP), que está elaborando proposta de consenso entre trabalhadores, empresários e governo para o custeio sindical, cuja votação é aguardada para julho. Se aprovado o texto original deste Projeto de Lei, até o conselho de autorregulamentação se formar (levando em torno de 180 dias) a Caixa Econômica administrará os recursos. A proposta é que centrais sindicais e confederações estejam neste conselho, reunindo representantes dos trabalhadores e empresários.

Participaram do evento o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil da cidade do Rio de Janeiro, Carlos Antônio de Souza, o secretário geral da Força RJ, David de Souza, a secretária nacional de Políticas para as Mulheres da Força Sindical Nacional e presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras nas Indústrias de Instrumentos Musicais e de Brinquedos do Est. de SP, Maria Auxiliadora dos Santos, o presidente da Federação dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro, Sérgio Barbosa Claudino, o presidente da Força Sindical SP e tesoureiro da CNTQ, Danilo Pereira da Silva, o presidente da Força Sindical MG e presidente do Sindicato dos Químicos de Belo Horizonte, Vandeir Messias e o presidente da Fequimfars (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Rio Grande do Sul) e 1º vice-presidente da CNTQ, Larri dos Santos, o presidente do Sindicato dos Químicos de Bauru e secretário-geral da Fequimfar, Edson Bicalho.

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Também participaram do evento dirigentes dos setores petroquímicos, perfumaria e artefato de borracha, metalúrgicos, siderúrgicos, propagandistas, técnicos em segurança do trabalho, empregados em saneamento, construção civil, frentistas, empregados em lotéricas entre outros.

O presidente da Federação dos Químicos de SP, Sergio Luiz Leite, o Serginho, esclareceu dúvidas a respeito do Projeto de Lei que trata do custeio sindical e reforma da Previdência
Dirigentes, além da categoria química, de outros setores da economia prestigiaram o evento na sede da Força Sindical/RJ
Químicos do RJ, SP, Goiás,Minas Gerais e Rio Grande do Sul estiveram presentes ao evento promovido pela SNQ e apoiado pela Ferquimfar, Fequimfar e CNTQ
O secretário Nacional dos Químicos da Força Sindical, Herbert Passos, falou da importância da informação entre os trabalhadores, citando como exemplo a NR 13
O presidente da Ferquimfar e 2º vice-presidente da Força Sindical/RJ, Isaac Wallace de Oliveira, disse que a proposta deste Encontro Nacional dos Setores Químicos foi esclarecer dúvidas e discutir o modelo de Previdência Social que atendam os interesses dos trabalhadores

 

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