Em São José do Rio Preto, patrões afrontam Sindicato e trabalhadores do setor sucroalcooleiro
Após quase 60 dias da entrega da pauta, os patrões apresentaram uma proposta desrespeitosa, afrontando novamente dirigentes do STI São José do Rio Preto e os trabalhadores. O Sindicato não descarta paralisações em usinas nos próximos dias.
Desta vez, os patrões se fizeram representar por uma comissão de negociação de quatro membros, sendo Henrique Rolalino, da Açúcar Guarani, Gilmar Miranda, da Nardini Agroindustrial, Clausner Duz, da Usina Moema e Marcelo da Costa, da Noble Brasil. Eles afirmaram representar todas as 16 usinas e destilarias da base e apresentaram a “migalha” de proposta de 3,8% de reajuste salarial, no piso e no ticket. Líderes do STI São José do Rio Preto mantêm o seu pedido inicial de reajuste: inflação do período (INPC) + 5% de aumento real e piso de R$ 1.300,00.
O presidente do Sindicato, Almir Fagundes, considerou a proposta uma agressão ao trabalhador, seu maior patrimônio. “Esse índice apresentado representa 65% da inflação do período de 1 de maio de 2013 até 30 de abril deste ano. Nem a inflação eles ofereceram, e não tocaram no assunto das cláusulas sociais aprovadas pelos trabalhadores na pauta de reivindicação”.
Ontem, o Sindicato decidiu encerrar as negociações em conjunto ou através de comissão. Só negociará individualmente, ou seja, empresa por empresa.
O presidente afirmou que várias categorias têm conseguido índices de reajuste salarial superior ao da inflação graças a mobilização e paralisação dos trabalhadores. “O STI São José do Rio Preto convoca os trabalhadores para se manterem mobilizados. Agora vamos realizar assembleias com carro de som na portaria de todas as empresas mostrando o que eles apresentaram, pois paralisações poderão ocorrer a qualquer momento”.
Fonte: Imprensa do STI São José do Rio Preto.