Usina Vista Alegre desrespeita direitos de funcionários
Em notícias, que foram publicadas pela imprensa, nesta quarta-feira, dia 10 de setembro, foi informado que a Usina Vista Alegre, empresa do setor sucroalcooleiro, localizada na zona rural de Itapetininga, irá demitir cerca de 500 trabalhadores e que encerrou a safra mais cedo. Para os jornais a empresa alega que irá pagar todos os direitos trabalhistas dos empregados, mas conforme reunião entre seus representantes e os dos trabalhadores nos segmentos industrial químico, rural e motoristas, realizada nessa mesma data, nas dependências da Gerência Regional do MTE em Itapetininga, a empresa relatou aos presentes a impossibilidade de arcar com as despesas trabalhistas e legais.
“Nosso apoio ao STI Itapetininga e aos trabalhadores de usina Vista Alegre que estão sendo desrespeitados.” Antonio Silvan Oliveira – Presidente CNTQ
Jurandir Pedro de Souza, diretor da FEQUIMFAR (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de São Paulo) e presidente do Sindicato dos Químicos de Itapetininga e Região, entidade filiada a Força Sindical e a FEQUIMFAR, relata que, a exemplo do que vem ocorrendo há anos, os representantes da Usina Vista Alegre informaram que a empresa não realizou o pagamento de suas taxas e tributos, junto ao recolhimento do INSS e de suas obrigações legais, como o deposito do FGTS de seus funcionários.
Jurandir ressalta que a empresa vem apresentando ao longo dos anos uma grande incapacidade de ordem administrativa e financeira, tendo como consequencia a perda de arrendamentos de terra para plantio de CNA, atrasos nos compromissos com credores, e principalmente com o atraso nos salários, vales, férias e o 13º de seus trabalhadores. “Tudo isso se transformou numa enorme Bola de Neve , onde os maiores prejudicados são os funcionários da empresa, junto às suas famílias e comunidades, que pagaram e continuam a pagar com o próprio emprego, por toda essa gigantesca incompetência”.
Segundo Jurandir, até o presente momento não houve nenhum tipo de proposta para o pagamento das verbas rescisórias, tanto para os trabalhadores efetivos como para os temporários. Na reunião do dia 10 de setembro, a empresa apresentou apenas uma proposta de “rescisão zerada”, somente com o saque do FGTS, para que seja dada a entrada no seguro desemprego. Mas não existe nenhum tipo de previsão de quando isso será efetivado.
Os representantes dos trabalhadores solicitaram a empresa, que os comprovantes de depósitos e recolhimentos, que estão em atraso, mas os representantes da Usina Vista Alegre alegaram que os mesmo “não estão em dia”. “Sendo assim não adianta a empresa falar que irá pagar os direitos trabalhistas, pois os trabalhadores demitidos não irão conseguir receber o FGTS e não vão dar entrada no Seguro Desemprego”, diz.
Nessa quinta-feira, dia 11 de setembro, deverá ser realizada mais uma reunião de negociação de conciliação, na Gerencia Regional do MTE de Itapetininga. “Nossa expectativa de que os diretos mínimos dos trabalhadores sejam atendidos e respeitados”, declara Jurandir Pedro de Souza.
Sergio Luiz Leite, Serginho, presidente da FEQUIMFAR manifestou seu apoio aos funcionários da empresa, “Nossa solidariedade aos trabalhadores e trabalhadoras da Usina Visto Alegre nesse momento difícil para toda a coletividade”, declarou.
Fonte: Imprensa Fequimfar