Usina Dasa é a pedra no sapato dos trabalhadores em Minas Gerais

Carlos-Luis-Cassiano-web A usina de álcool Dasa, em Minas Gerais, continua sendo a irritante pedra no sapato dos trabalhadores. Extremamente econômica, não fornece cesta básica, convênio médico (funcionários precisam depender da rede pública de saúde, quando ficam doentes) e só respeitam a licença maternidade, porque após muitos anos de lutas das entidades sindicais, se tornou lei federal.

“Conseguimos depois várias negociações para que forneçam o vale-transporte, mas como até agora ainda não assinaram o acordo (a data-base da categoria sucroalcooleira em Minas Gerais é março) os trabalhadores da Dasa não conseguiram sentir o gosto dessa conquista”, disse o presidente da Femquifert (Federação Mineira dos Trab. nas Ind. Quim. Plást. Farm. e de Fert. de Minas Gerais), Carlos Cassiano.

Por causa do descaso da Usina Dasa, o prazo para instauração de dissídio coletivo já passou. “Do ponto de vista jurídico não se pode mais propor dissídio. Reivindicamos o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) de 7,68% na época da negociação, mas bateram o pé em 4%. Com muita luta, os trabalhadores aceitaram, mas agora os patrões não querem assinar acordo, alegando prejuízo com a crise financeira”, explicou.

Como não é possível pagar abaixo do mínimo estipulado pelo governo federal, a Dasa desembolsa R$ 810,00 para quem passou na experiência e tem até um ano de empresa. O salário inicial é o atual mínimo, de R$ 788,00. Caso o trabalhador passe de um ano de serviço, ganhará R$ 829,00. (Luís Alberto Alves/Comunicação CNTQ)

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