“Sozinho e sem respaldo, é difícil de resolver questões econômicas..”

Alcemir
Alcemir Remelli, secretário regional efetivo Centro-Oeste da CNTQ e presidente do Stifana.

Não é novidade a crise política e econômica atravessada pelo Brasil neste ano. Ela já repercute sobre diversas categorias de trabalhadores. No Mato Grosso do Sul, explica o secretário regional efetivo do Centro-Oeste da CNTQ e presidente do Stifana (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Fabricação do Açúcar e Álcool de Nova Andradina), Alcemir Remelli, a situação não é diferente. “Muitas usinas estão demitindo. Em 2013 foram cortados 725 postos de trabalho, no ano de 2014 subiu para 876”, enumerou.

Mas para campanha salarial do setor sucroalcoleiro com data-base em maio de 2015, Alcemir promete lutar amparado na visão e apoio sindical da CNTQ (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Químico). “Aqui em Mato Grosso do Sul vamos reivindicar o INPC (Índice Nacional de Preço ao Consumidor) cheio e mais um pouco de aumento real”, disse.

No Mato Grosso do Sul, segundo Alcemir, os patrões não param de demitir, alegando dificuldades financeiras pela atual situação em que passa o Brasil. “Aqui três usinas fecharam, temos duas em recuperação judicial e outra que até o final deste ano deixa de funcionar”, explicou.

De acordo com Alcemir, mesmo reconhecendo as barreiras enfrentadas pelos empresários deste setor, o trabalhador não pode ficar sem emprego, de onde tira o sustento. “Para conhecer novas estratégias de negociação, hoje sou filiado à CNTQ, e minha visão sindical sofreu grandes mudanças. Nas trocas de idéias com companheiros de outras regiões do Brasil percebo o quanto é importante o apoio da CNTQ”, disse.

Segundo ele, em Mato Grosso do Sul as entidades sindicais ainda enfrentam várias dificuldades, principalmente quando sentam à mesa para negociar com os patrões. “Sozinho e sem respaldo, é difícil de resolver questões econômicas, tão importantes dentro de um sindicato. É o recurso necessário para lutarmos e melhorarmos as condições de trabalho nas empresas”, finalizou. (Luís Alberto Alves/Comunicação CNTQ)

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