Presidente Michel Temer: quando se perde o caráter, é melhor ir embora!

O governo Michel Temer (PMDB) desde quando assumiu teve apenas como alvo prejudicar o trabalhador

*Antonio Silvan Oliveira

Hoje o governo Michel Temer (PMDB) começou a sair da presidência do Brasil. Após a delação premiada dos irmãos Joesley Batista e Wesley Batistas, donos do grupo JBS, ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Edson Fachin, essa péssima administração iniciou a marcha rumo à cova que sua incompetência abriu no Palácio do Planalto, numa violência sem precedentes contra direitos trabalhistas e previdenciários.

Silvan: “O governo Michel Temer não tem mais condições morais de continuar à frente do País”

O empresário Joesley teria confirmado que o presidente Temer teria sugerido que se mantivesse o pagamento de mesada ao ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB/RJ) e ao doleiro Lúcio Funaro para que  estes ficassem em silêncio. Algo parecido a esquema de facção mafiosa, onde pessoas são compradas para não falar o que sabem à Justiça, provocando a prisão do restante dos comparsas.

No Direito existe o ditado que diz: “contra fatos não há argumentos”. A Polícia Federal e o Ministério Público obtiveram junto à Procuradoria Geral da República gravações do pedido de dinheiro de forma ilícita feito pelo senador tucano Aécio Neves, para o conforto dos cidadãos de bem, afastado pelo STF por tempo indeterminado do Senado. Pior, ele sugeria que fosse morta a pessoa que iria entregar o dinheiro da propina antes de fazer qualquer delação premiada.

O governo Michel Temer (PMDB) desde quando assumiu teve apenas como alvo prejudicar o trabalhador. Exemplo disso são as reformas trabalhista e previdenciária, duas verdadeiras bombas lançadas para aniquilar direitos adquiridos sob luta e até mortes de lideranças políticas e sindicais. Que moral tem uma administração com nove ministros envolvidos com atos ilícitos, segundo investigações da Operação Lava Jato?

Michel Temer incentivou e apoia a retirada da contribuição sindical na PEC da reforma trabalhista, para reduzir a pó os sindicatos, além de mostrar sua insensatez ao aprovar na calada da noite a Lei da Terceirização Ampla e Irrestrita, abrindo caminho para a revogação da Lei Áurea que retirou a população negra da escravidão no final do século 19. Mesmo quando assumiu acordos com parlamentares, não cumpriu nenhum deles, revelando seu mau-caratismo.

Por outro lado, adora fazer caridade com dinheiro alheio. É inadmissível a renegociação das dívidas do INSS de municípios e Estados, quando o pseudo perdão financeiro chegou perto de R$ 30 bilhões. Barganha para tentar conseguir apoio visando aprovar suas nefastas reformas no Senado e Câmara. Este mesmo chapéu ele joga em direção dos ruralistas, que devem cerca de R$ 1 trilhão à União.

Também se esforçou bastante para tentar votar a toque de caixa no Congresso Nacional a venda de imensas glebas de terras a estrangeiros, praticamente entregando o país ao capital financeiro internacional. Pela ótica do governo Michel Temer (PMDB) não é agressão à soberania nacional permitir a venda, colocando nossas riquezas minerais em mãos estranhas.

Aliás entreguismo é a regra deste governo. Primeiro foi o pré-sal, depois a Base de Alcântara no Maranhão que poderia trazer muito dinheiro ao país por meio de lançamentos espaciais, mas que já saiu das mãos dos brasileiros. Um dos absurdos é a permissão para explorar petróleo na região amazônica, colocado em risco o ecossistema local. Mas respeito a minorias não é o forte da administração Michel Temer.

O importante na visão desse governo míope é destruir direitos, seja na área trabalhista, previdenciária; prejudicar entidades sindicais e deixar de lado as agressões cometidas contra os cofres públicos, como faz o Sistema S, que arrecadou em 2016, R$ 16 bilhões. Amparado por entidades patronais interessadas que a má distribuição de renda persista eternamente, usam recursos que deveriam ser aplicados na qualificação da mão de obra, para derrubar presidente, como fez a poderosa Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de SP), comandada pelo senhor Paulo Skaf, também pego nas investigações da Operação Lava Jato. Tudo visando ajudar o PMDB, há mais de 50 anos mamando nas tetas do poder, sem qualquer preocupação com o bem-estar social.

Por todo esse terrível histórico descrito acima, mais do que nunca, Brasília precisa ser ocupada no dia 24 de maio, não por 100 mil pessoas interessadas no progresso desta nação, mas 200 mil, 300 mil, 400 mil ou mesmo meio milhão de cidadãos que deverão abraçar a Esplanada dos Ministérios e mostrar ao Congresso Nacional que o trabalhador merece respeito. Não é possível aprovar reformas totalmente prejudiciais ao bom senso.

Todos os brasileiros interessados que este país saia deste atoleiro, onde péssimos administradores, igual o presidente Michel Temer, deram sua colaboração para o caos aonde chegamos com 14,2 milhões de desempregados, 30 mil jovens assassinados por ano, carga tributária subindo e impunidade navegando em mar tranquilo, precisam engrossar a marcha para Brasília. Este é o momento que todos nós não devemos ficar calados. Precisamos reagir à altura e mostrar aos maus brasileiros, sanguessugas desta nação, que nunca iremos concordar com direito a menos. Vamos à luta! Chega de absurdos! Juntos somos maiores do que essa elite corrupta que explora o nosso país desde 1500.

*Antonio Silvan Oliveira é presidente da CNTQ (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Químico) e Sindiquímicos Guarulhos.

 

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