Greve de 28 de abril entra para história como maior paralisação brasileira

Luís Alberto Alves/Comunicação CNTQ

A greve de 28 de abril transformou a sexta-feira num dia de domingo, em diversas regiões do Brasil. As paralisações ocorreram em Guarulhos (SP), várias cidades da região metropolitana de SP, na capital paulista, Bauru, Americana, Marilia, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Lorena, Piquete, Cajati, Pindamonhagaba, Dourados (MS), Goiânia, Goiás, Juiz de Fora, Governador Valadares, Sorocaba, Natal, Recife, Maceió, João Pessoa, Manaus, Nova Andradina (MS), Niteroi (RJ), Rio de Janeiro, várias cidades de Santa Catarina, Uberaba, Belo Horizonte, Brasília e Cachoeiro do Itapemirim (ES).

Na avaliação do presidente da CNTQ (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Químico) e do Sindiquímicos Guarulhos, Antonio Silvan Oliveira, a unidade das centrais e forte mobilização dos trabalhadores foi o  segredo desta vitoriosa greve geral, que começou às 10h da noite de ontem (27) com os trabalhadores do setor de transporte público. Em Guarulhos, segunda maior cidade de SP, com 1,3 milhão de habitantes, segundo o presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores e representante da CUT, Orlando Maurício Júnior, o Brinquinho, os 12 mil trabalhadores da categoria não retiraram os ônibus das garagens.

Na capital paulista ocorreu o mesmo, com trens, metrô e ônibus sem ir às ruas. Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos, representante da Força Sindical, José Pereira dos Santos, o governo Michel Temer substimou a capacidade de união dos trabalhadores prejudicados pela reforma trabalhista, que poderá trazer a escravidão extinta no final do século 19 de volta ao Brasil. A sexta-feira em 25 estados do País teve um clima semelhante ao domingo, com lojas fechadas e poucos carros nas ruas. A mesma opinião teve o secretário-geral da CSB, Álvaro Egea.

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