Governo precisa corrigir tabela do Imposto de Renda

Outro absurdo, na avaliação de Silva, é a taxa Selic ainda continuar alta, favorecendo o mercado especulativo

*Antonio Silvan Oliveira

Com a falta de correção da tabela do Imposto de Renda, o trabalhador continua no prejuízo, além do seu impacto negativo no mercado. Segundo o presidente da CNTQ (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Químico) e do Sindiquímicos de Guarulhos, Antonio Silvan Oliveira, é necessário e urgente revisar os valores do IR para evitar que contribuintes isentos passem a pagar o tributo, visto que o reajuste salarial não acompanha a atualização da tabela.

Silvan: “Não adiante reduzir a Selic, e os bancos continuarem com juros elevados no cartão de crédito e cheque especial”

Mas o governo evita reconhecer a realidade, como o estudo realizado pelo Sindifisco (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil), mostrando que a não correção da tabela nos mesmos parâmetros da inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) resultou numa defasagem média acumulada de 83%, desde 1996.

“Caso o governo faça a revisão da tabela do Imposto de Renda, é possível favorecer a questão fiscal e ajudar no desenvolvimento social do Brasil, porque desonera a folha de pagamento e estimula a economia e o mercado consumidor interno”, disse.

Outro absurdo, na avaliação de Silva, é a taxa Selic ainda continuar alta, favorecendo o mercado especulativo. Para apimentar mais essa questão, existem os juros cobrados pelos bancos, que no caso do cartão de crédito rotativo atingiram 484,6% em dezembro de 2016.

“Além de reduzir a Selic, é importante que na outra ponta ocorra o mesmo. De que adianta cair a Selic e os bancos continuarem nesta política maluca de cobrar juros bem altos no cartão de crédito e cheque especial, por exemplo? É  mesmo de enxugar o chão com a torneira aberta”, explicou.

O governo precisa, também, criar mecanismos de facilitar o crédito, para o País gerar empregos. “Só desta forma é possível sair da crise investindo no desenvolvimento e aumentando o mercado consumidor. Pois quanto mais tivermos desempregados, menor será a produção e vendas destas mercadorias”, finalizou.

*Antonio Silvan Oliveira é presidente da CNTQ (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Químico) e do Sindiquímicos Guarulhos

 

 

 

 

 

 

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