Governo adota tática de dificultar obtenção de aposentadoria por tempo de contribuição para quem vive mais

 

Luís Alberto Alves/Comunicação CNTQ

Imagine uma pessoa em busca do tão sonhado prato de comida. Quando chega perto, ele fica mais distante. Segundo o secretário de Assuntos Previdenciários da CNTQ (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Químico) e secretário-geral do Sindiquímicos Guarulhos, Antonio Cortez Morais, essa é proposta do governo federal de fazer alteração na legislação, definindo novas regras para concessão das aposentadorias por tempo de contribuição.

“Desta forma é ampliada absurdamente os anos de permanência dos trabalhadores (as) no mercado por causa do fator 85/95 com progressividade no tempo de contribuição futuro”, explicou. Na avaliação de Cortez é importante que os companheiros dirigentes sindicais consultem os arquivos do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostrando o ganho na longevidade dos brasileiros.

Cortez destaca que a expectativa de vida para todas as idades até 80 anos apresentou aumento de três meses e 25 dias em relação a 2012, quando a esperança de vida era de 74,6 anos. “Comparado há dez anos, o brasileiro ganhou mais três anos de vida”, explicou.

Com o brasileiro vivendo mais, ressalta Cortez, os trabalhadores que solicitarem aposentadoria por tempo de contribuição à Previdência Social terão de trabalhar mais anos.

“A grande incoerência é que ao ganhar mais três anos de vida em relação há dez anos, como revela pesquisa do IBGE, o governo adota a tática para quem ainda se encontra na ativa de permanecer um ano a mais trabalhando. Ou seja, quando o trabalhador chega próximo da aposentadoria, precisa ficar mais um ano na ativa”, disse. Mais detalhes no link http://www.gov.br/home/estatistica/população/tabuadevida/2013/default.shtm

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