Entidades sindicais precisam fazer marcação cerrada em Brasília

Maria das Graças: ” As entidades sindicais precisam apertar o cerco em Brasília, para que não sejam aprovados projetos de leis prejudiciais aos trabalhadores”

Luís Alberto Alves/Comunicação CNTQ

Com o avanço da crise econômica, as entidades sindicais precisam aumentar a pressão nos gabinetes de deputados e senadores em Brasília. “Não será novidade saírem da gaveta projetos de leis para prejudicar sindicatos e trabalhadores. Exemplo disso é a terceirização, cuja discussão poderá voltar com bastante força e provocar grandes estragos”, alertou a secretaria de Formação Profissional e Sindical, Maria das Graças Batista Carriconde.

Ela diz que o governo precisa pensar em políticas públicas associadas à inserção no mercado de trabalho. “É preciso ensinar a pescar, pois é errado continuar dando o peixe, além de repensar novos modelos para atender a população carente”, disse.

Maria das Graças não se ilude, também, com parte do empresariado, que diante das câmeras de televisão adotam postura de pessoas democráticas, mas nos bastidores agem de forma diferente. “Teve empresa aqui em Uberaba que se recusava pagar PLR aos funcionários, num relacionamento profissional próximo da escravidão. Mas nossa postura de respeito à lei mudou esse quadro, com os trabalhadores recebendo depois a participação nos lucros que tinham direito”, afirmou.

Ela alerta para as demais entidades sindicais investirem nos canais de comunicação. “Não podemos cair no erro de depender apenas da grande imprensa para divulgar nossas ações. Boa parte delas age a serviço do capital, procurando, quando possível, denegrir a imagem dos sindicatos, menosprezando nossas reivindicações”. Na avaliação de Maria das Graças, é preciso pressionar os políticos, inclusive usando redes sociais, para que não caiam no erro de retirar conquistas trabalhistas conquistadas com muita luta.

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