Dilma defende Levy com unhas e dentes

Antonio Silvan Oliveira

Diante de fortes rumores de descontentamento do governo com a crise econômica gerada pelo ministro da Fazenda Joaquim Levy e sobre sua permanência no cargo, a presidente Dilma Rousseff, em entrevista recente fora do País, saiu em sua defesa e chegou a justificar que a volta da CPMF irá  ‘estabilizar as contas públicas’ e será crucial para o  Brasil voltar a crescer.

Silvan: “A presidente Dilma não esconde mais que seu governo está a serviço do setor financeiro”

Em tom nada amistoso, Dilma rebateu as críticas do presidente do PT, Rui Falcão, que defendeu a saída do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e, disse que ele continua no cargo.

Ela também afirmou que a opinião de Rui Falcão é respeitada, até porque é ele o presidente do partido que integra a base aliada, do partido mais importante, mas isso não significa que ela seja a opinião do governo.

No contraponto de seu discurso, ao assumir a defesa ao ministro e ao afirmar que concorda com a política econômica que vem sendo tomada por ele, a nossa presidente parece “romper” de vez com as promessas e compromissos  de campanha e voltar às costas aos seus apoiadores e base aliada, e, sobretudo aos seus eleitores que acreditaram em um projeto maior de igualdade.

Diferente do que foi assegurado em seus discursos, a presidente Dilma não esconde mais que  seu governo está a serviço do setor financeiro.

Que é, sem dúvida, o  grande vilão de nossa economia.

Em suas medidas mirabolantes, econômica e politicamente, o governo já não se importa com a classe menos favorecida. E pesa a mão no trabalhador que além das constantes ameaças financeiras ainda precisa se preocupar em não perder os seus direitos trabalhistas conquistados as duras penas.

Infelizmente o governo federal preferiu se curvar perante o capital especulativo, que nunca se cansa de ganhar dinheiro sem qualquer investimento na criação de postos de emprego.

Em meio a esta crise instaurada, a sociedade civil organizada aguarda um posicionamento mais efetivo dos representantes da classe trabalhadora quanto as ações de sua “líder maior”.

Na condição de representante filiada ao Partido dos Trabalhadores e na medida em que ela se volta contra a orientação do partido, acredito que chegou a hora das lideranças do PT que ainda estão comprometidas com os menos favorecidos, avaliem o comportamento da presidente e possa exigir que o compromisso assumido com o partido seja cumprido.

A crise pede mais esta ação efetiva. O Brasil não pode esperar.

Antonio Silvan Oliveira é presidente do Sindicato dos Químicos de Guarulhos e Região ( Sindiquímicos) e da CNTQ  (Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Químico)

 

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