Centrais Sindicais protestam contra desemprego e reformas do governo diante da sede da Fiesp, em São Paulo

DSC_0146Luís Alberto Alves/Comunicação CNTQ

O dia nacional de luta prometido pelas centrais sindicais aconteceu hoje (16) em diversas regiões do Brasil. Em São Paulo, o local escolhido foi diante da sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), na Avenida Paulista, que teve um quarteirão ocupado entre a Rua Pamplona e Parque Trianon. Estiveram presentes as centrais Força Sindical, CUT, UGT, CTB, CGTB, Conlutas, NCST e Intersindical, além da CNTQ (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Químico) e Cobap (Confederação Brasileira dos Aposentados) e diversos sindicatos.

Para o presidente da Fequimfar (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas no Est. de SP) e 1º secretário da Força Sindical, Sergio Luiz Leite, o Serginho, este ato é em defesa dos direitos previdenciários e trabalhistas. “Escolhemos aqui em frente da sede da Fiesp, porque ela defende a retirada dos sindicatos nas negociações, apoia as 80 horas semanais de trabalho, além de ser contrária à NR 12, usada para preservar a vida dos trabalhadores”, disse.

DSC_0064Para o presidente da Força Sindical SP e tesoureiro da CNTQ, Danilo Pereira da Silva, não é a primeira vez que o poder econômico luta pela retirada de direitos trabalhistas, como as recentes ameaças aos aposentados. “Nós do movimento sindical continuaremos resistindo. Convocamos também a sociedade para vir à rua, assim garantiremos nossas conquistas”, afirmou.

Raimundo Cocada, da NCST, destacou que: “ou o trabalhador ocupa as ruas ou não terá futuro, visto que discurso não levará ninguém a lugar algum”. Segundo ele, atualmente a licença remunerada é sinal de demissão futura. Marianna Dias, da UNE (União Nacional dos Estudantes) disse que a política econômica do governo interino Michel Temer pode prejudicar os jovens. “Ele precisa investir na recuperação de empregos, para no futuro não sermos atingidos”, argumentou.

DSC_0161Edson Carneiro, da Intersindical, sugeriu que a unidade precisa prevalecer como meio de luta contra a reforma previdenciária e trabalhista, além de impedir aprovação de projetos de leis nocivos aos trabalhadores, caso do Negociado sobre o Legislado, além de redução dos juros e reforma tributária.

Atnágoras Lopes, da executiva da Conlutas, disse que a mobilização das centrais diante da sede da Fiesp na Avenida Paulista é a resposta contra o desemprego. “Neste momento tão grave, sem perspectivas é necessário lutar. Porque o governo só ameaça com projetos de lei contra os trabalhadores”, criticou.

O presidente da CGTB, Ubiraci Dantas de Oliveira, voltou a criticar a política de juros altos mantida pelo atual governo interino. “Os empresários defendem uma política trabalhista do século XVIII. Já não basta vender nossas estatais e entregar poços de petróleo a preço de banana. A nossa unidade é a solução para esses ataques”, disse.

DSC_0022O presidente estadual da UGT, Luiz Carlos Mota, destacou que a mobilização nacional das centrais sindicais representa a unidade. “Não podemos nos esquecer de nessas eleições votarmos em candidatos comprometidos com as nossas bandeiras de luta”. Adilson Araújo, da CTB, garantiu que o sindicalismo unido não permitirá que o governo retire direitos conquistados pelos trabalhadores. “Hoje quem paga o pato não é a Fiesp, mas todos nós. Começamos o início de uma grande jornada”.

A secretária da Mulher da Força Sindical SP e presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Brinquedos e Instrumentos Musicais de SP, Maria Auxiliadora dos Santos, alertou que nesta reforma previdenciária e trabalhista prometida pelo governo, as mulheres é quem serão prejudicadas. “Não adianta chorarmos o leite derramado, é na rua que poderemos mudar esse congresso”.

DSC_0140A presidente do Sindicato dos Bancários de SP, Gilvania Moreira Leite, concordou com os demais líderes sindicais, que somente a unidade poderá barrar o rolo compressor contra direitos dos trabalhadores. “Quem ganha muito dinheiro precisa pagar a conta, não quem ganha pouco”, ressaltou.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de SP, Miguel Torres, ressaltou a unidade das centrais sindicais numa pauta unificada, visando a retomada do desenvolvimento econômico. “Este é um esquenta para podermos atravessar este momento difícil. O governo deveria tachar as grandes fortunas e envio de dinheiro ao Exterior”, frisou.

DSC_0009O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, é importante a mobilização centrar fogo nos projetos de lei que apoiam a terceirização, sem nenhuma preocupação com o desemprego nem os juros altos. “Mas neste semestre teremos 3 milhões de trabalhadores em campanha salarial e muita coisa pode mudar”, disse.

O secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, argumentou que este dia de luta é um recado ao governo e empresários. “Não aceitaremos retiradas de direitos através de reforma da Previdência e do Trabalho. Também não concordamos com a proposta de jornada de 80 horas semanais, defendida pela Confederação Nacional da Indústria. Continuaremos nas ruas”, finalizou.

 

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

*

Please copy the string gL4a5k to the field below: