2022 um ano de análise e decisões

Encerramos 2021 com um cenário incerto para 2022, já neste início de ano, estamos tendo algumas amostras do que podemos esperar.

Com o avanço das variantes da Covid, começa a surgir a discussão referente aos modelos de trabalho que serão adotados pelas empresas, uma grande parcela das empresas estudam aplicar o sistema híbrido de trabalho como medida preventiva para conseguir manter o distanciamento dentro das empresas, outras estão avaliando o retorno 100% tanto do sistema home office quanto do sistema presencial, neste mesmo tempo, existe a questão dos direitos e das obrigações dos funcionários que realizam suas atividades na modalidade home office.

O encerramento da atividade de empresas e o aumento do desemprego são fatores que vem impulsionando o ritmo da produção, em um cenário onde temos uma redução do poder aquisitivo por parte de uma grande parcela da população que não consome com receio de não saber o que pode acontecer no dia seguinte, temos no mesmo cenário empresas que estão diminuindo ou mesmo encerrando suas linhas de produção, com isso temos o aumento do número de trabalhadores que estão perdendo seus empregos ou seguindo no caminho da precarização nas relações de trabalho para conseguir manter o mínimo de renda para sua sobrevivência.

O aumento dos preços vem castigando a população desde o início da pandemia, alimentos, gás e combustível são os campeões de aumento, já o reajuste salarial se mantem nas mesmas regras, dessa forma o pouco de aumento que o trabalhador tem nunca é o suficiente para equilibrar as contas, e mesmo assim o governo continua a retirar direitos e jogando os trabalhadores na precarização das relações entre capital e trabalho, o fim da multa de 40% do FGTS é a nova benfeitoria que o governo busca para equilibrar as contas, dessa forma o trabalhador continua a ser lesado, em contra partida empresas que devem para o governo continuam a ter regalias ou até mesmo tendo suas dividas perdoadas com a prerrogativa de continuar a manter empregos, coisa que não vem acontecendo, outra grande ideia por parte do governo era o fim da obrigatoriedade do jovem aprendiz está matriculado e cursando a escola, desta forma a precarização da mão de obra já iria começar desde cedo, as discussões em volta do programa jovem aprendiz ainda estão em andamento, mas essa questão da obrigatoriedade do jovem aprendiz está matriculado já foi barrada pelo grupo de trabalho que vem discutindo o assunto.

As entidades sindicais vêm através dos sindicatos, federações, confederações e centrais participando desses debates e dos grupos de trabalho com o intuito de manter os direitos e garantir e dignidade dos trabalhadores nesse momento de incertezas que estamos passando.

As entidades sindicais já estão em negociação para garantir os reajustes desse primeiro semestre de 2022, ao decorrer do próximo mês vamos ter uma melhor perspectiva do cenário de negociação com o patronal e avaliar os impactos dessas mudanças que o governo vem planejando para os trabalhadores.

Não podemos deixar de convocar os trabalhadores para que comecem a se manifestar e acompanhar os projetos que estão sendo votados, esse ano vamos ter eleição para os cargos de presidente da República, governador, senador, deputado estadual e federal, dessa forma não podemos deixar de cobrar projetos e ações que ajudem a melhorar a qualidade de vida dos cidadãos que trabalham e fazem esse país girar, não podemos mais deixar que uma meia dúzia de empresas e pessoas da Elite brasileira ditem as regras, e quem realmente produz e trabalha somente fique olhando as coisas acontecerem e pagando a conta.

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