1º de maio com cenário preocupante

Silvan: “Quando alguém perde o emprego, seus familiares acabam feridos na sua dignidade”

*Antonio Silvan Oliveira

Neste 1º de maio lamentamos de fazer o registro de um cenário preocupante, diante da dura de realidade de aproximadamente 11 milhões de desempregados. Pessoas que se encontravam no mercado formal de trabalho e como consequência da briga pelo poder, que levou tanto o governo quanto a oposição a agir de forma irresponsável deixando para a classe trabalhadora esta amarga realidade.

Temos de considerar, que quando alguém perde o emprego, sofre ele e a família, por causa dos problemas provocados pela falta de oportunidade de continuar garantindo o sustento. Visto que os familiares acabam feridos na sua dignidade.

Por outro lado, o governo, seja municipal, estadual e federal, inclusos vereadores, deputados estaduais e federais, senadores, inclusive representantes do Judiciário, contribuem para o agravamento da situação.

Atualmente, as lideranças sindicais, com dificuldades, pois vinham de grande trajetória vitoriosa, de melhorias das condições de trabalho e da remuneração, passaram a enfrentar a dura realidade de terem de negociar redução de jornada e salários, como mecanismos para evitar o desemprego.

Nesta data cabe às lideranças sindicais, trabalhadores e a sociedade em geral serem solidários com esta parcela de pessoas que perderam seus empregos, pois tinham, há pouco tempo, a capacidade profissional de contribuir para o progresso do País e garantir o sustento de seus familiares, algo que hoje já não conseguem.

Temos de nos unir neste momento para sensibilizar o governo federal, independentemente de quem assumir o poder, respeite os direitos conquistados pelos trabalhadores. É preciso que todos pensem no País e se preocupem em retirá-lo dessa grave crise, criando condições para geração de novos postos de emprego.

A falta de vagas no mercado também impacta os jovens, com muitos deles saindo da escola na busca pelo primeiro trabalho, para colocar em prática o conhecimento adquirido na época em que se dedicavam aos estudos. É duro ter a capacitação profissional e faltar espaço para exercê-la.  O que dizer a eles, que saem de seus cursos e só encontram portas fechadas? Se fazem parte do futuro do Brasil, é justo e necessário terem oportunidade no presente

*Antonio Silvan Oliveira é presidente do Sindiquímicos Guarulhos e da CNTQ (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Químico)

 

 

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