Químicos de São José do Rio Preto conquistam reajuste salarial para trabalhadores das usinas de etanol, mas a campanha salarial continua

Após várias assembleias com carros de som, entrega de boletins informativos e muito trabalho, o STI São José do Rio Preto conseguiu fechar acordo com 15 empresas do setor sucroalcooleiro, conquistando um percentual de 7% de reajuste salarial na campanha 2014/2015 para os trabalhadores da sua base.

A data-base da categoria é 1º de maio.

Ainda faltam duas empresas para fecharem o acordo, a Guarani, de Tanabi, e a Moema Bunge, da cidade de Orindiúva.  Os 7% de aumento salarial significa um aumento real de 1,18%. Foi conquistado também reajuste de 7% no ticket.

Desde abril que o Sindalquim mantém contato com as empresas do setor para negociar o aumento salarial para a categoria. Com esse reajuste, o piso da categoria, agora em R$ 1.113,20, continua sendo o melhor do Estado de São Paulo e do país.

Foram várias reuniões com representantes das usinas e destilarias e o maior percentual que o setor patronal ofereceu aos trabalhadores foi de reajuste de 3,8%. E ainda querendo limitar o teto salarial. A proposta foi rejeitada e tida como indecente pela diretoria do STI São José do Rio Preto .

“Depois de várias rodadas de negociação, fizemos assembleias nas empresas e mostramos o que os patrões estavam oferecendo. Nos mobilizamos, e caso não houvesse melhora poderíamos paralisar as atividades das unidades. Foi aí que as empresas começaram a aumentar as propostas e chegamos nos 7%, que levamos em votação e foi aprovado pelos trabalhadores. Agradecemos todos as companheiras e companheiros da nossa base. Eles foram muito importantes na mobilização e conscientização. Sem eles não poderíamos avançar”, afirmou o presidente do STI São José do Rio Preto , Almir Fagundes.

As usinas e destilarias que já fecharam o acordo são: Alcoeste, Grupo Colombo, Itajobi, Malosso, Grupo Moreno, Grupo Nardini, Grupo Noble, Usina Vale Onda Verde, Grupo Ruette. Nessas unidades as propostas foram colocadas em votação de escrutínio secreto e aprovadas.

Na Usina Guarani Tanabi, que ofereceu somente 5% de reajuste, após a realização de assembleia, os trabalhadores insatisfeitos, em torno de 94%, reprovaram a proposta. Isso mostra a grande insatisfação os trabalhadores. Na Moema não foi diferente. A proposta de 6% também foi reprovada pela maioria dos trabalhadores, cerca de 80%.  Após as assembleias, as empresas estão em conversa bem adiantada com o Sindicato.

No dia 7 de julho foi realizada uma reunião com a Moema, na Federação dos Químicos (FEQUIMFAR) em São Paulo SP, que também concedeu o reajuste de 7%, com 11% de reajuste linear no ticket, a exemplo do Grupo Nobile.

Agora, somente a Guarani ainda não concedeu uma proposta de reajuste de 7%, sendo assim, novamente essa empresa decepciona e desrespeita o Sindicato e seus funcionários. Lembrando que desde 2012 a Guarani dificulta a negociação salarial, em prejuízo a toda categoria, sendo que em outras ocasiões houve a necessidade de paralisação, frente às dificuldades impostas pela mesma. O sindicato comunica que, se até o dia 11 de julho, não ocorrer uma contraproposta igual ou superior aos 7%, o Sindicato irá notificar a empresa.

 

 Fonte: Imprensa FEQUIMFAR

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