CNTQ discute várias questões em reunião da diretoria executiva

Na reunião da executiva da CNTQ foram discutidos diversos assuntos

Luís Alberto Alves/Comunicação CNTQ

Diversas questões foram abordadas em 29 de março durante a reunião da diretoria executiva da CNTQ (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Químico). Uma delas é o problema enfrentado pelos companheiros do segmento da borracha em Feira de Santana (BA). Segundo o secretário de Relações Internacionais da CNTQ e presidente do Sindiborracha da Bahia, Jackson Crispim Ramos, a Pirelli adotou a triste prática de demitir funcionários ganhando bons salários, militantes sindicais, com muito tempo de serviço, para pagar pouco mais de R$ 1.090,00.

“De novembro até março já tivemos 2 mil demissões; a maioria de companheiros que ganhavam entre R$ 3.500, e R$ 4 mil. Repuseram as vagas pagando R$ 1.097,00. Com a venda da empresa para um grupo chinês, adotaram a prática de redução de salários”, descreveu. No interior da empresa, a diretoria e gerência adotou a tática do terrorismo. “Os trabalhadores ficam com medo de participar das manifestações, pois têm receio de serem mandados embora”, disse.

Para piorar, nas negociações de pagamento da PLR, reduziram o valor para 60%. “Eles usam o cenário político atual para não avançar, mas isto não é verdade, porque a Pirelli traz muito material da China e o custo de produção ficou barato”, explicou. Há outros planos de colocar na rua mais 206 trabalhadores. “A categoria está assustada, por causa da pressão exercida pela Pirelli, ameaçando demitir quem assistir assembleia feita pelo sindicato”, explicou.

Os demais diretores executivos da CNTQ (Larri dos Santos, primeiro vice-presidente, Carlos Cassiano, segundo vice-presidente; Francisco Carlos Queiroz, terceiro vice-presidente; Orlando Machado Salvadore, secretário-geral; Luciano Martins Lourenço, secretário de Relações Sindicais; Joel Bittencourt, secretário de Saúde, Meio Ambiente e Segurança do Trabalho; Maria das Graças Batista Carriconde, secretária de Formação Profissional Sindical; João Sérgio Ribeiro, secretário regional Sul; Elizabeth Soares de Melo, secretária da Mulher da CNTQ; Ednaldo Pedro Antonio, secretário da Juventude CNTQ) concordaram com o presidente Antonio Silvan Oliveira na criação de uma pauta única no segmento da borracha.

“Reunir todos os dirigentes no Brasil que tenham na planta uma fábrica da Pirelli, visando fortalecer ainda mais as entidades sindicais. Os empresários chineses estão entrando em diversos segmentos da nossa economia. A CNTQ será a porta voz dessas negociações, como fizemos em relação a Heringer e Vale”, sugeriu.

A presidente do Stiqfar de Uberaba e secretária de formação profissional sindical na CNTQ, Maria das Graças Batista Carriconde, abordou a questão da PLR na Heringer, a respeito dessa proposta em nível nacional. O 3º vice-presidente da CNTQ e presidente do sindicato dos Químicos de São Gonçalo, Francisco Queiróz, disse que conseguiu fechar bons acordos no seguimento químico/farmacêutico, com reposição do INPC. “Só o setor plástico é que tivemos muitas demissões”, frisou.

O presidente da Fequimfars (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Rio Grande do Sul) e primeiro vice-presidente da CNTQ, Larri dos Santos, destacou que a crise econômica ainda não se abateu intensamente no segmento químico/farmacêutico do Rio Grande do Sul. “Inclusive tenho fechado bons acordos de PLR, desde fevereiro, além de empresas que estão contratando”, frisou.

O secretário regional Sul da CNTQ, João Sérgio Ribeiro, destacou que nos dias 13 e 14 de julho ocorrerá a segunda plenária química em Porto Alegre. “A primeira ocorreu no Paraná em 2015. Os estados participantes serão Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. Cada estado leva uma tese e um participante”, disse.

O presidente Antonio Silva Oliveira destacou que a CNTQ tem trabalhado em negociações em nível nacional, mas deixando os sindicatos à frente desse processo, como ocorreu no segmento de fertilizantes, onde foram discutidas questões relacionadas à segurança do trabalho, PLR. “Aplicamos esse mesmo processo na Heringer e Vale. Nossa ideia não é substituir os sindicatos, mas deixá-los cada vez mais fortes”, finalizou.

 

 

 

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