PLR zero na Vale Fertilizantes é tema de reunião na CNTQ

Sindicalistas discutiram, também, proposta de manifestação na porta da sede da Vale, no Rio de Janeiro, dia 8 de março

Luís Alberto Alves/Comunicação CNTQ

O não pagamento de PLR na Vale Fertilizantes, relativo a 2015, foi tema de reunião da CNTQ (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Químico) ontem (23), na sede da Força Sindical SP. Dirigentes sindicais elaboraram pedido de reunião com a diretoria da Vale no Rio de Janeiro, para o dia 8 de março próximo. Caso a empresa não receba os sindicalistas, será realizado um protesto na porta da sede da empresa.

A secretária de Formação Profissional e Sindical da CNTQ, e presidente do Stiquifar de Uberaba, Maria das Graças Batista Carriconde, sugeriu ação estratégica para criação de novo modelo de Participação nos Lucros e Resultados. “Agora recebemos antecipação, precisamos unificar visando novo modelo de negociação. Muitos trabalhadores já tinham como certo o dinheiro da PLR da Vale e agora são avisados que não receberão este dinheiro”, disse.

Segundo ela, nos três últimos anos o cálculo da PLR da Vale Fertilizantes era feito sobre o lucro, agora o resultado é em cima dos resultados financeiros obtidos pelo grupo Vale, que agora é negativo. “Se o resultado local está ruim, mas o nacional é bom, precisamos ver  onde focar a negociação agora”, disse o presidente da CNTQ  e do Sindiquímicos Guarulhos, Antonio Silvan Oliveira. Ele destacou também a negligência da Vale Fertilizantes com a segurança dos seus trabalhadores.

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Manifestação hoje (24) no Complexo de Mariana (MG) com trabalhadores criticando a PLR zero da Vale Fertilizantes

O vice-presidente do Sindicato dos Químicos do Vale do Ribeira, Pedro Paulo Rossi, concorda com formalização de uma nova proposta, pois pela primeira vez na história da empresa, a Vale Fertilizantes publica que pagará PLR zero. O secretário-geral da CNTQ, Orlando Salvadore, sugeriu a elaboração de proposta unificada para discutir com a diretoria da Vale no Rio de Janeiro.

O presidente do Sima (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Extração de Metais Básicos e Minerais, Indústrias Químicas e Fertilizantes de Araxá e Região), Vicente Magalhães de Matos, lembrou que o acordo assinado com a Vale Fertilizantes  previa repasse da inflação no meio do ano. “A inflação relativa a 2015 não foi zerada até agora. Minha preocupação com essa empresa é que ela gosta de levar vantagem em tudo”, frisou.

O presidente do Sindicato dos Químicos da Baixada Santista, Herbert Passos, salientou que o setor de fertilizantes talvez registre algum avanço em 2016. “Mas ressalto que a antecipação precisa estar fechada com o que está escrito no acordo, com todos os sindicatos juntos. Infelizmente a Vale tem problema de gerenciamento crônico”, disse.

Hoje (24), o Sindicato Metabase Inconfidentes protestou na porta da Mina de Timbopeba, Complexo de Mariana (MG), das 6h30 às 9h, impedindo o acesso de funcionários. O presidente do Sindicato, Valério Vieira, disse que somente uma paralisação nacional poderá influenciar a decisão da Vale de pagar a PLR referente a 2015. Ela negou desembolsar esse dinheiro pela primeira vez na história da empresa, alegando preços baixos das commodities que teriam afetado seus resultados.

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