Governo insiste em manter taxa de juros alta

Luís Alberto Alves/Comunicação CNTQ

DSC_0126-webImaginem um doente, quase próximo do estado terminal, recebendo o mesmo medicamento responsável pela sua piora. Qualquer semelhança com o Brasil é mera coincidência. O “médico” Joaquim Levy, responsável pelo Ministério da Fazenda e controla com mão de ferro a política econômica do País, insiste em manter a taxa de juros altos, atualmente em 14,25%. Só para comparar a insensatez dos emissários dos banqueiros que tomaram conta do governo Dilma Rousseff (PT), nos Estados Unidos a taxa básica de juros (equivalente à Selic brasileira) é de 0,25% ao ano. Na Zona do Euro chega a 0,05%.

DSC_0011-webNa avaliação do presidente da CNTQ (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Químico) e do Sindiquímico Guarulhos, Antonio Silvan Oliveira, enquanto as nações desenvolvidas investem na produção e geração de mais empregos, o Brasil vai na direção contrária. “Aqui o privilégio é dos banqueiros. Continuam aumentado os juros para o mercado financeiro ganhar muito dinheiro, deixando em segundo plano o setor produtivo. Nem com quase 10 milhões de desempregados atualmente, o governo muda o foco dessa política econômica suicida”, criticou.

DSC_0081-webNesta quarta-feira (25) diversas entidades sindicais protestaram diante da filial paulista do Banco Central, onde economistas do Copom (Comitê de Política Monetária) se reúnem para decidir redução ou elevação da taxa Selic, atualmente em 14,25% ao ano. Segundo o secretário-geral da Força Sindical nacional, João Carlos de Oliveira, o Juruna, os juros precisam cair. “Hoje o que mais temos é empresas demitindo, entrando em férias coletivas e recessão. Precisamos mudar a política econômica, para existir consumo no Brasil”, disse.

O presidente da CGTB, Ubiraci Dantas de Oliveira, garantiu que em 2014 saíram do País R$ 311 bilhões em pagamento de juros. “Até setembro de 2015 essa quantia chegou a R$ 415 bilhões. O modelo da política deste governo está fechando a indústria nacional”, criticou. Em tempo: o Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, não sobe os juros há aproximadamente dez anos. A taxa de desemprego no país de Barack Obama chegará a 4,8% em 2016, enquanto no Brasil saiu 4,3% em dezembro de 2014 para 10,8% em outubro de 2015.

 

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