Movimento grevista dos trabalhadores da Imbel tem apoio das entidades sindicais
Nos dias 14 e 15 deste mês, o Sindluta, a CNTQ e a Federação Mineira dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Plásticas, Farmacêuticas e Fertilizantes de Minas Gerais apoiaram o movimento grevista dos trabalhadores da Imbel (Indústria de Munições Bélicas do Brasil), localizada em Juiz de Fora.
Na segunda-feira (14), por volta das 7 horas, mais de 70% dos trabalhadores das áreas produtivas e administrativas deliberam pela greve. De forma muita unida, os trabalhadores decidiram cruzar os braços e ninguém desse percentual entrou para trabalhar.
Já na terça-feira (15), o presidente da federação, Carlos Cassiano, realizou uma reunião com os trabalhadores na portaria da empresa para parabenizar a união de todos em prol do movimento. “O resultado deste movimento irá contemplar todos os empregados da empresa que tem o apoio do Sindluta, da CNTQ e da Federação Mineira”, disse Carlos Cassiano que teve ao seu lado, durante todo o movimento, os companheiros José Rodrigues e João Cassiano.
A greve pode ter uma finalização temporária ainda na tarde desta terça-feira, tão logo ocorra reunião de mediação no Ministério do Trabalho de Juiz de Fora. Para o presidente da federação, a mobilização foi um sucesso, valendo destacar que em outras unidades como de Itajubá (MG) e Piquete (SP), o resultado foi além do esperado, com paralisação de quase 100% das atividades.
Motivação
A greve tem motivação no fato da empresa apenas querer conceder aos seus empregados o índice do IPCA cujo acumulado está em 6,15%. Como proposto pela empregadora, nenhum de seus empregados terá aumento real dos salários, exceto os cargos da diretoria da empresa que tiveram cerca de 20% de aumento. “Assim, a Imbel concede aumento aos empregados com melhor posição financeira (diretores), mas não concede aos trabalhadores mais simples que fazem a empresa funcionar e crescer”, explicou Carlos Cassiano.
O presidente do SindLuta, Vandeir Messias Alves, também manifestou seu apoio incondicional ao movimento dos trabalhadores da Imbel.
Fonte:SindLuta