Aché explora trabalhadores

A direção do Sindiquímicos repudia o comportamento do Aché que ao invés de corrigir o problema de sobrecarga de jornada de trabalho visa utilizar a legislação do Programa de  Participação de Lucros e/ou Resultados – PPR para iludir os trabalhadores com algumas benesses temporárias, pagamentos eventuais e temporários.

O Sindiquímicos está ciente das mais recentes resoluções da empresa que sob alegação de uma situação de mercado tem gerado trabalho além do limite para a equipe que lá está. Ao invés da empresa adequar o número de funcionários a sua realidade, esta reúne os trabalhadores  e apresenta um programa de premiação que visa o sorteio de prêmios e a oferta de um PPR em dobro para o trabalhador da área industrial que se “arrebentar” trabalhando. Nesta reunião, os trabalhadores sentiram-se intimidados com os coordenadores “espalhados” entre eles.

Sem dúvida, todo este processo  de pressão, de ameaça e exaustão que os trabalhadores do Aché estão sendo submetidos gera uma situação de insegurança e graves consequências ao quadro funcional, pois desagrega a família, aumenta o risco de acidente no ambiente de trabalho, entre outros problemas.

O Sindicato irá notificar o Poder Judiciário Trabalhista, o Ministério do Trabalho e o Ministério Público do Trabalho sobre esta atitude, pois a empresa vende uma mentira para o trabalhador, porque a legislação que trata da política de PPR tem que ser usada de forma consciente e responsável pelas partes e não de forma arbitrária como a empresa quer fazer.   Lembramos também que o Sindicato é parte integrante da comissão de PPR  e não compactua com tal medida. Não iremos aceitar de forma alguma a inclusão deste programa “famigerado” sob as bênçãos do Programa de PPR a fim de  garantir a isenção fiscal e trabalhista das verbas que os trabalhadores estariam recebendo.

Em nossa opinião, o que a empresa está tentando fazer é tapar o “sol com a peneira”, quando na verdade deveria corrigir as distorções salariais e funcionais existentes, entre outras medidas que iriam sim beneficiar a todos os trabalhadores.

Esclarecemos também que a discussão do PPR é fato e os trabalhadores não irão aceitar a partilha do resultado de forma diferenciada. Uma das indicações que os trabalhadores têm é que o resultado do PPR seja de forma isonômica, linear e que todos tenham acesso a este valor.

Outra situação que precisa ficar esclarecida é que quando a empresa “impõe” o trabalho aos domingos e feriados ela está cometendo uma ilegalidade, pois domingos e feriados são dias de descanso e requer acordo coletivo e homologação do Ministério do Trabalho conforme previsão legal  e esta é uma medida contrária a imagem da empresa que se diz cumpridora das leis, ou seja, ela cumpre a lei desde que a lei não atrapalhe a sua função principal que é a lucratividade ou o lucro a qualquer custo.

O Sindicato faz um apelo aos trabalhadores para que não trabalhem no Feriado de Páscoa, pois a data é um momento especial para se passar em família.

Se a empresa está ganhando mercado é por competência, dedicação e esforço dos trabalhadores. O Sindicato pede que os trabalhadores não se curvem diante deste cenário.

Também registramos casos de trabalhadores que trabalharam no Aché durante muito tempo e que por problemas de saúde foram colocados na rua. Ainda há casos de trabalhadores que entraram na justiça e aguardam uma resolução até hoje. Com certeza, estes ex-trabalhadores não mais irão recuperar a saúde, apesar do Aché dizer que vendem saúde em caixinha, o que eles estão fazendo agora é colocar todos os seus funcionários em uma situação plena de risco.

Para nós do Sindicato, este cenário atual é decepcionante, pois a empresa que a bem pouco tempo tinha um comportamento diferente quanto ao tratamento aos trabalhadores mudou de forma radical e está se transformando em uma das piores empresas para se trabalhar em Guarulhos.

O Sindicato lamenta o posicionamento do Aché e o qualifica como provocação aos trabalhadores que reclamam da sobre jornada, da falta de reconhecimento e das irregularidades que vem sendo cometidas por esta empresa e que configuram em assédio moral.

Mais uma vez conclamamos os trabalhadores a se posicionarem contrários a qualquer arbitrariedade por parte da empresa e em defesa de sua qualidade de vida e integridade física.

Diretoria do Sindiquímicos

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